A tradição atribui a fundação de um pequeno mosteiro em Ribas pela mão dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho.
Teria cabido a D. João Peculiar, arcebispo de Braga, a proteção do mosteiro, marcado pela presença do padre Dom Mendo, cujo corpo providenciaria milagres muito depois do seu falecimento, em 1170, embora tal não tenha sido documentalmente provado.
Devemos salientar a homogeneidade da Igreja de Ribas, que deve ter sido construída de uma só vez. A decoração mostra grande coerência na sua preferência pelo motivo de pérolas, que surge tanto no interior como no exterior da Igreja. No interior, à semelhança da maioria das igrejas românicas, prevalece outro espírito, marcado pela contrarreforma e pela renovação litúrgica após o Concílio de Trento (1545-1563).
São exemplos a exuberância da talha nos retábulos [altares] e na sanefa que coroa e reveste o arco triunfal, os caixotões do teto e a balaustrada do coro. Do conjunto merece, ainda, destaque as imagens do Santíssimo Salvador, da Virgem do Vale e da Virgem do Rosário.
Na parede fundeira da capela-mor, por detrás do retábulo-mor [altar principal], foi identificada uma importante campanha de pintura mural onde se faz representar o orago da Igreja.
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Crédito imagens: Rota do Românico
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Conteúdo atualizado em 28 de Setembro de 2022 às 12:50