Celorico de Basto é reconhecido pelo seu vasto e rico património natural. As os seus jardins tradicionais de camélias ganham cada vez mais destaque e a CAMÉLIA, assume um papel pioneiro na promoção deste território.
As Camélias são um elemento distintivo da região do Tâmega e Sousa e são um valor seguro da nossa identidade local. É necessário transformar este potencial num produto turístico e económico de todo o Tâmega e Sousa. Este arbusto proveniente do Japão enraizou-se na nossa cultura, tornando-se um elemento identitário da nossa paisagem e dos nossos jardins, normalmente associadas aos solares, também eles importantes marcos históricos e símbolos maiores do nosso património edificado.
As Camélias têm um valor natural, histórico e estético relevante, que poderá e deverá ser usado na promoção do território e valorização da economia, por força da sua utilização em produtos diversos, enquanto produto final – Produção de Camélias; Matéria-Prima – Produtos derivados de Camélia, em produtos alimentares, de cosmética e outros e ainda enquanto fonte de inspiração artística, que potencie a utilização da sua imagem em bens de consumo (artesanato, merchandising e outros), mas também enquanto motivo para a produção de bens culturais: pintura, escultura, cerâmica, poesia e outras formas que se venham a identificar como relevantes para a dinamização económica e promoção do território.
Nesse sentido e com esses objetivos bem definidos, o Município de Celorico de Basto, detentor da marca registada “Capital das Camélias” pretende dinamizar um projeto multidisciplinar, alargado a toda a região, criando uma rede de parcerias abrangente que acrescente conhecimento científico e criatividade para o seu desenvolvimento, nas diversas vertentes. O processo em curso de definição de um protocolo com a Universidade do Porto (Jardim Botânico) e a UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro permitirá fazer uma identificação exaustiva das espécies de Camélias nos espaços públicos, mormente na Quinta do Prado onde está instalada a Câmara Municipal e o Jardim Ilídio Alves de Araújo e a Quinta de S.Silvestre onde está instalado Centro Cultural Marcelo Rebelo de Sousa, duas referências patrimoniais e dois exemplos diferenciados de jardins Camélias: clássico no primeiro caso e um jardim moderno no caso do Centro Cultural. O protocolo a firmar com a Cooperativa Árvore permitirá desenvolver a componente artística que valorizará as Camélias enquanto elemento de elevado valor estético, inspirador de diversas formas de arte, valorizando o elemento Camélia e todo o território através da criação de um acervo municipal e supramunicipal que reforce as marcas identitárias e o valor cultural da região. O protocolo em vigor com a Faculdade de Letras permitirá criar sustentação teórica e documental de enquadramento com o património edificado e histórico, indissociáveis do património natural. Outros protocolos poderão e deverão ser criados, de forma a concretizar este projeto em todas as suas valências, cumprindo-se todo o seu potencial.
O desenvolvimento deste projeto é composto por um conjunto de ações inovadoras, centradas na concretização dos objetivos anteriormente referidos. Deles se destaca a criação e um laboratório vivo na Quinta do Prado, um verdadeiro centro interpretativo da natureza e história das Camélias na região e um ponto de partida para a descoberta deste património em toda a região. O desenvolvimento de eventos promocionais que capitalizem o interesse turístico, a realização de ações de formação geradoras de conhecimento e capacidade de aplicação na prática um conjunto de funções associadas ao cultivo de Camélias, nomeadamente a produção, a topiária e outras. O fator inovação também não será descurado, marcando-se o projeto pelo uso de soluções tecnológicas de vanguarda para a concretização do potencial do projeto, nomeadamente: