Secretário de Estado das Florestas em Celorico de Basto após incêndios de meados de outubro

Uma área ardida considerável e prejuízos avultados para as populações trazem a Celorico de Basto o Secretário de Estado das Florestas, Rui Ladeira.

Recebido ontem, 21 de outubro, no salão Nobre dos Paços do Concelho, pelo presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, José Peixoto Lima, pelo executivo Municipal e pelos presidentes das Juntas de Freguesia, o Secretário de Estado com a tutela das florestas disse que o governo não poderia ter sido mais ágil nos apoios às populações afetadas.

“Os organismos que tutelam esta área estão a dar o máximo como fazem sempre, para proteger e valorizar o nosso país em particular os territórios afetados. E já temos linhas de apoio às populações e fundos de emergência para salvaguarda dos territórios e populações” disse Rui Ladeira, ontem, na autarquia celoricense. Logo após os incêndios foi estabelecido um subsídio especial para compensar prejuízos agrícolas até 6 mil euros e apoio à capacidade produtiva agrícola para a substituição e/ou reparação de animais, máquinas, equipamentos agrícolas e armazéns agrícolas. Apoios à recuperação florestal – estabilização e recuperação de áreas afetadas e apoios superiores a 6 mil euros, incluindo a reconstrução de edifícios, alfaias, áreas de vinha afetada, colmeias e outros prejuízos serão objeto de candidatura cujos processos já podem ser apresentados.

O Secretário de Estado ressalvou a impotência vivida durante os incêndios, “é de facto preciso realçar a impotência, de facto esta calamidade derivou de ocorrências, projeções, os indicadores eram muito maus, aliás como sabem fizemos a declaração de alerta no dia anterior, no sentido daquilo que poderia acontecer com os ventos, e as ignições. Tudo foi feito considerando a situação que se vivia no país, independentemente do meios que certamente foram os máximos possíveis que puderam vir para o concelho e para a região. Um agradecimento a todos aqueles que se envolveram no combate e extinção dos incêndios. Logo de seguida, mal saíram dos incêndios os sapadores florestais e a força de sapadores com os meios florestais, vieram logo cortar madeira e fazer contenções, da linha água e das valetas, uma prática recorrente, do qual me orgulho muito agradeço, e digo-o com a presença do presidente do ICNF e da diretora regional, um trabalho que muitas vezes não é visível, mas no terreno é muito importante”. Reitera o Secretário de Estado que depois da desgraça “tem que haver ação, ação é o primeiro sinal, é garantir que o arrastamento das cinzas e dos entulhos não causem problemas ainda maiores. Sei do que falo, senti na pele, quando era autarca”.

E nesse sentido, “o ICNF em parceria com a autarquia estruturou as prioridades de intervenção em Celorico de Basto, após esta calamidade, com prioridade para o controlo de invasoras lenhosas, 102 hectares, 86 mil euros, uma intervenção mais musculada, nesta questão das àquias, que criam impactos significativos”.

Rui Ladeira assegura que está a ser elaborado um plano para as florestas que visa tornar as florestas, mais produtivas, e atrativas para as pessoas, para os produtores para os territórios, “existe muita área abandonada e é preciso uma nova abordagem”.

O Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto aproveitou a oportunidade para mostrar ao Secretário de Estado que este município está informado relativamente aos apoios que o Governo despoletou para estas situações, “diga-se de forma célere, mas nós também estamos no terreno para podermos ajudar as nossa populações para que, depois da catástrofe, possam beneficiar das medidas que foram alocadas”.

José Peixoto Lima, mostrou ao pormenor a situação vivida em Celorico de Basto no dia 16 e 17 de outubro, “com muitos hectares de área ardida e milhares de euros de prejuízos às nossa populações. Referiu que o dia 17 de outubro foi um dia negro para o concelho cujo o incêndio afetou toda a parte sul de Celorico onde arderam 2775 hectares, foi um dia terrível , um dia em que só podemos contar com os nossos meios, as juntas de freguesia, as populações. E, só ao final da tarde é que, com muita insistência, um meio aéreo foi disponibilizados para Celorico de Basto” observou o autarca celoricense. José Peixoto Lima ressalvou a situação vivida no país por esses dias. “Sabemos que o pais estava em chamas, foi-nos comunicados que estavam oito meio do sul para norte, que acabaram por não chegar a este concelho, o que fez com que o combate fosse muito mais difícil. . Hoje há muitos prejuízos que ocorreram devido aos incêndios, temos estados em contacto com as juntas de freguesia, com os meios alocados do Município para fazer o levantamento de todos os prejuízos no terreno, também com o apoio do ICNF, neste momento temos já 84 processos a ser preparados para candidatura da parque agrícola, 4 das atividades económicas e 10 referentes à reabilitação de edifícios”.

Nessa sessão, que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho esteve ainda presente o Presidente do Conselho Diretivo do ICNF, Nuno Banza, a Diretora Regional (Norte) do ICNF, Sandra Sarmento.

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