Sala cheia para assistir ao concerto
21 anos depois

Município de Celorico de Basto festejou aniversário da Biblioteca Municipal Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa

Concerto de piano com o afamado pianista Filipe Andrade Cerqueira e a inauguração de 2 exposições, Liquido/Forma Art Now “ 21 anos depois” e a pintura das torres das 23 igrejas do concelho de Celorico de Basto pela artista plástica Carminda Andrade, foram as marcas da celebração do aniversário da Biblioteca Municipal.

A abrir o concerto o anfitrião da iniciativa, o Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, José Peixoto Lima, fez uma alusão à vasta história desta biblioteca desde a aquisição da quinta em 1988 ao primeiro projeto para a reabilitação do edifício em 1990, que acabou por ser reabilitada com o aproveitamento de uma candidatura a fundos comunitários para apoiar projetos supramunicipais. Na altura e a liderar a candidatura, o autarca observou que “era importante unir os Municípios pelos valores, pela cultura, pela identidade”, foi então reabilitado o edifício principal e construídos os três polos documentais. No decorrer dos anos, foi acrescentado um centro documental e um Centro Cultural. José Peixoto Lima olha para estes edifícios como “fundamentais no processo de ação cultural. Volvidos 21 anos olhamos para a nossa biblioteca e sentimos que temos um espaço riquíssimo pelo acervo que dispõe, mas referiu ser necessário criar uma nova dinâmica que potencialize o conhecimento, promovendo vivências e experiências múltiplas, numa oferta diversificada que contribua claramente para o fomento da educação formal e não formal da nossa comunidade. Este é um desafio que colocamos e que queremos ver cumprido”.

No final do discurso, o autarca mostrou-se satisfeito com o envolvimento da comunidade nesta celebração e agradeceu de forma concreta à curadora das exposições pela “entrega, dedicação e amor à terra e à arte. A Carminda é uma verdadeira força da natureza, uma artista plástica multifacetada que vive a arte com muita intensidade e paixão e que nos leva a todos com ela, bem-haja”.

A cerimónia de celebração do aniversário da Biblioteca Municipal começou com um concerto de piano protagonizado pelo consagrado pianista Filipe Andrade Cerqueira, que se mostrou muito satisfeito por atuar para os seus, “com os nossos somos sempre mais exigentes porque sabemos que também eles exigem mais de nós. Foi muito gratificante sentir a aceitação deste público. Espero voltar cá porque o que mais me fascina é tocar em lugares onde também está o meu coração”. Filipe Andrade Cerqueira desde muito cedo quis ser músico, com raízes em Celorico de Basto, está a trabalhar na Universidade de Aveiro no acompanhamento ao piano das classes de violino, flauta e outros instrumentos, dá aulas particulares e acompanha ao piano diversos coros.

No final do concerto, o público, que aderiu em massa a este evento de comemoração, foi convidado a visitar a exposição Liquido/forma Art Now “21 anos depois” com peças de arte da autoria Manuel Orga, Carminda Andrade, Ricardo Cunha, Miguel Vasconcelos, Délia de Carvalho, Nuno Antunes, artistas plásticos que expuseram no dia de inauguração da Biblioteca Municipal o que acrescenta um simbolismo especial à exposição como nos disse o artista plástico Miguel Vasconcelos, “queremos comemorar 21 anos, recordar o que foi mas mostrar coisas novas, numa fase em que a comunidade está mais recetiva às diferentes manifestações artísticas e culturais e se propõem a usufruir da arte do ver”. Opinião partilhada pelo artista plástico, Ricardo Cunha, “de facto a população, na sua generalidade, está mais interessada na arte, em ver a arte, em usufruir da arte, mas obviamente que a arte é cara e são poucos aqueles que podem despender dos seus recursos económicos para a sua aquisição, compreendemos, claro, mas achamos que é preciso fazer mais para apoiar a arte e a cultura”.

E ainda a exposição das torres das 23 igrejas do concelho pintadas pela artista plástica Carminda Andrade, curadora destas exposições. A curadora, celoricense e amplamente reconhecida pelo seu talento já habituou a comunidade local à sua pesquisa sobre o património construído, civil e religioso e já expôs os espigueiros de Portugal, as casas solarengas de Celorico de Basto, os Moinhos de Argontim, e agora, achou que seria pertinente expor as torres das 23 igrejas do concelho pintadas em 2015. Em construção está uma exposição de pintura sobre Arte Sacra.

As duas exposições estarão patentes ao público, no Centro Cultural e na Capela da Biblioteca até ao próximo dia 30 de novembro, com entrada livre.

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