Foram abordadas duas realidades distintas. Por um lado, “os novos desafios no desenvolvimento da criança” e por outro a “realidade no mercado de trabalho”.
Este simpósio decorreu no dia 29 de maio, no Centro Cultural Marcelo Rebelo de Sousa, e foi organizado pelo CLDS 4G Celorico+Social.
A abrir a sessão o Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, José Peixoto Lima, enalteceu o trabalho da equipa que integra o programa CLDS 4G, que está em período final de execução “uma equipa multidisciplinar, altamente profissional e dedicada, que apresentou um contributo muito positivo ao desenvolvimento social deste Concelho. Como sabem este é um programa de âmbito nacional e de aplicação local, um programa fundamental porque tem um papel muito importante na nossa comunidade, este em particular versou na juventude, na família e nas empresas e empreendedorismo, temas muito importantes do ponto de vista social com reflexos no nosso tecido económico” disse o autarca. Numa fase de mudanças consideráveis nestas áreas, José Peixoto Lima diz que há uma nova realidade na qual é preciso focar o interesse, “Celorico não é apenas um concelho onde a emigração é muito forte, é também um concelho acolhedor, com muitas famílias vindas de fora a procurar-nos para aqui fixarem a sua residência, não são apenas as famílias que acolhemos da Ucrânia, mas vindos de vários países, e jovens que trabalham à distância. O nosso dinamismo económico é o principal motor impulsionador desta onda de imigração e migração que acode ao nosso concelho, famílias inteiras que vêm aqui a oportunidade de trabalho e integração”.
Este simpósio abordou num primeiro painel “os novos desafios no desenvolvimento da criança” moderado por Liliana Ribeiro, psicóloga da clinica Tempus e com a presença, como oradores, de Rita Magalhães, terapeuta da fala do Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto, Sílvia Cunha, Margarida Marinho, Helena Carvalho e Bruno Gonçalves, representantes das Associações de Pais de Celorico de Basto. Ao longo do painel os presentes abordaram os efeitos da pandemia no desenvolvimento das crianças, a necessidade de adaptação, o facto de a aprendizagem não ter chegado a todos da mesma forma, as frustrações dos pais, a ansiedade, a dificuldade na fala causadas pela máscara, por não ser língua materna e consequentes dificuldades de aprendizagem, o uso adequado das tecnologias, o brincar só por brincar sem impor qualquer aprendizagem, gestão de expetativas dos pais, uma série de perspetivas vocacionadas para os novos desafios no desenvolvimento da criança.
A coordenadora do CLDS 4G Celorico+Social, Elisabete Coelho, é perentória na abordagem a estas temáticas, “a realidade social tem vindo a alterar-se, com mudanças substanciais que provocam dúvidas, medos, frustrações, e que condicionam o desenvolvimento das crianças. Por isso, ao longo da execução deste programa procuramos ser incisivos em matérias como a parentalidade positiva com o intuito de dar aos pais a oportunidade de se cultivarem sobre um processo cada vez mais desafiador, a educação e a aprendizagem”.
No segundo painel, os oradores presentes Cristina Sanches, do IEFP, Casimiro Magalhães Costa da Associação Empresarial de Fafe, Cabeceiras e Celorico de Basto, Jorge Reis da Associação Empresarial de Celorico de Basto, Adriano Marinho do Município de Celorico de Basto, como moderador, Artur Queirós da Alento, apresentaram o que mudou no mercado de trabalho no pós pandemia e com a guerra, fizeram o retrato do tecido empresarial, descreveram o perfil do desempregado atual, e abordaram as perspetivas de futuro no mercado laboral.
Este simpósio contou ainda com a interpretação de dois sketch teatrais desenvolvidos pelos alunos do Centro Escolar de Celorico de Basto integrados no projeto “teatro-Kids” do programa CLDS 4G Celorico+Social.
A primeira peça abordou o bullying e a segunda a “guerra, duas temáticas “voltadas para circunstâncias, infelizmente, atuais”. Elisabete Coelho diz que “estas pequenas peças teatrais integram um projeto que procura dotar as nossas crianças de novas competências através do teatro e sensibilizar para os temas abordados”.
