Festa do Livro

Celorico de Basto reinventa a Festa do Livro

Certame encerrou com chave de ouro com  uma mesa redonda com os escritores locais como protagonistas, “os nossos, da nossa terra!”

Foram 6 dias de um livro aberto à volta da literatura, do saber, do conhecimento, da cultura, nesta edição da Feira do Livro que agora se denomina Festa do Livro e contou com uma programação alargada e uma intenção primeira “a valorização de motores fundamentais do progresso de uma comunidade, a cultura”.

O Município de Celorico de Basto promoveu, de 24 a 29 de maio,  a Festa do Livro  com destaque para a tradicional Feira do Livro mas com a inclusão de uma oferta cultural diversificada para todas as idades e interesses.

O patrono da iniciativa, o escritor Afonso Valente Batista, observou que do seu ponto de vista” a Festa do Livro ultrapassou, de longe, os objetivos propostos. A sua existência e as atividades realizadas e o envolvimento das pessoas estão à vista  como o melhor atestado de que o livro, o saber, o conhecimento, a cultura são os reais suportes ao desenvolvimento harmonioso das sociedades. O que está feito já não deixa de estar feito”.

Afonso Valente Batista deixou o repto para que “não se perca a dinâmica que se instalou”. E recomendou como fundamental “promover um conjunto de realizações que mantenham o foco até à proxima Festa do Livro”.

Ao longo destes 6 dias de atividades que se desenrolaram maioritariamente na Casa da Terra mas também no atelier de cerâmica, na praça Albino Alves Pereira e no Centro cultural Marcelo Rebelo de Sousa, ficou patente que a Festa do Livro “abre portas a novas perspetivas e permite deambular por entre sonhos e saber num interesse que marca a diferença entre a estagnação e o crescimento” como nos disse a Vereadora da Educação e Cultura, Maria José Marinho. “Tivemos uma programação diversificada, muita dessa atividade voltada para os alunos deste concelho com o intuito de os divertir, com atividades lúdicas mas ao mesmo tempo pedagógicas. Efetivamente, “o livro é uma fonte inesgotável de conhecimento e temos que criar hábitos de leitura para ajudar os nossos jovens e toda a nossa comunidade a adquirir ferramentas que os possam ajudar a compreender melhor o mundo”. Maria José Marinho, realçou o papel da rede de Bibliotecas Escolares, do Agrupamento de Escolas e da Escola Profissional e Agrícola Eng. Silva Nunes “que se envolveram para os alunos pudesssem usufruir desta festa e de tudo aquilo que ela oferecia, numa parceria bem estruturada com a nossa Biblioteca Municipal, coordenadora dos trabalhos”. A autarca marcou presença em muitas das ações desenvovidas e não pode deixar de experienciar que a cultura e a cultura do livro “estão a viver tempos conturbados e temos que os ultrapassar. Queremos imprimir o gosto pelas ações culturais, pela leitura como motor impulsionador de conhecimento e desenvolvimento. Esta Festa do Livro contou com a casa cheia nas diferentes ações desenvolvidas mas temos que fazer mais, e fazer mais implica que a cultura esteja sempre disponivel para que o sujeito possa participar, primeiramente de forma descomprometida mas depois de forma recorrente ao sentir beneficios por intregrar essas ações. O caminho é longo mas estamos altamente motivados”.

Durante a Festa do livro foram apresentadas 4 mesas redondas, vários workshops, de escrita criativa, de escrita poética, de ilustração, sobre a parentalidade “Educar pela positiva, sem gritos, nem castigos” decorreram várias oficinas no atelier de cerâmica, foi apresentada uma preça de teatro de sombras inspirada no livro de Rui Machado “Maria Cereja e João Violino”, vários autores apresentaram as suas obras, com realce para a presença de Pedro Chagas Freitas e Paulo Moreira, vários momentos musicais, magia, pintura… Realçamos o destaque dado aos escritores celoricenses, no dia de encerramento, com uma mesa redonda “os nossos, da nossa terra”.

José Peixoto Lima, Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto,  observou no encerramento da Festa do Livro que “sem cultura os povos não evoluem e é crucial criar ferramentas e iniciativas para que a comunidade escolar e a comunidade em geral possa aceder às fontes de cultura das quais o livro é uma ferramente previligiada”. O autarca observou que esta Festa do Livro decorreu do empenho de muitos funcionários do Município  com a vereadora como orientadora de toda uma dinâmica “que está a mudar a cultura do concelho”. Agora, “vamos avaliar como correu e aprimorar para fazer sempre mais e melhor”, afinal, “esta iniciativa não se esgota aqui, pelo contrário, ela será o motor de um trabalho proficuo que o Município levará avante para incentivar ao consumo da cultura”. José Peixoto Lima ciente da importância da cultura para o progresso da comunidade ressalvou que “estamos a trabalhar em vários dominios, a imprimir dinamismo nas várias formas como a cultura se manifesta. Teremos uma oficina de música que irá contemplar todas as entidades que se dedicam à música,  um espaço para acolher o teatro e as associações culturais  do concelho, e a seu tempo iremos pegar na cultura e fazer dela a marca de água da nossa intervenção”.

Para concluir, o autarca teceu o apreço e estima pelo padrinho da Iniciativa, Afonso Valente Batista, “um grande amigo, um grande escritor, um celoricense de adoção que também o é de coração, eu, como muita gente que por aqui passou, estou radiante pelo muito que se disse, pelo muito que se realizou, pelo seu empenho e dedicação a esta iniciatiava”.

Afonso Valente Batista voltará a ser o padrinho da iniciativa em 2023 como deixou patente o Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto.

Durante este ano serão desenvolvidas, em ativa parceria com a biblioteca Municipal, uma série de atividades culturais e de leitura para que esta festa do Livro ecoe pelo tempo, até à próxima iniciativa.

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